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Management Empresas Feitas para Vencer (Good to Great) Por que apenas algumas empresas brilham Jim Collins Rio de Janeiro: Campus, 2001 Tendo em mente a seguinte pergunta: “Uma empresa pode deixar de ser boa e se tornar excelente? Se a resposta for sim, de que forma?”, o autor empreendeu um estudo de empresas que deram esse salto em seus resultados - de bons para excelentes -, e sustentaram essa performance por pelo menos quinze anos. Do estudo, identificou os seguintes atributos das empresas bem sucedidas: Têm uma liderança nível 5, humilde, com vontade e profissionalismo; definem primeiro quem ... depois o quê; enfrentam a verdade nua e crua, com fé inabalável na vitória; transcendem a maldição da competência, identificando uma idéia de negócio simples; criam uma cultura de disciplina; e selecionam criteriosamente suas tecnologias, não necessariamente inovadoras. Esses atributos foram então organizados dentro de uma estrutura de transformação de uma empresa de boa em excelente, cuja proposta básica é encarar a mudança como um processo de construção, seguido de uma ruptura, que tem três amplos estágios: 1º) pessoas disciplinadas, 2º) pensamento disciplinado e 3º) ação disciplinada. Comentário: leitura agradável, que faz refletir sobre como o negócio vem sendo conduzido, acertos e erros: qual o perfil das lideranças e de nosso pessoal, qual é mesmo nosso negócio e como a cultura da organização afeta sua performance.
Estratégia do Negócio A Estratégia do Oceano Azul Como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante W. Chan Kim - Renée Mauborgne Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 A partir das questões: "Como transpor os limites da competição destrutiva? Como criar novos mercados? Como sistematizar o alcance e a sustentação de um alto nível de desempenho?" os autores desenvolveram uma pesquisa de campo, buscando identificar o movimento estratégico de empresas bem sucedidas, e outras nem tanto, para compreender o padrão que levou as primeiras ao sucesso. De suas observações, chegaram a seguinte conclusão: algumas empresas navegam num oceano vermelho - de águas ensanguentadas pela disputa de mercado - onde as fronteiras setoriais estão definidas e aceitas e as regras competitivas conhecidas, outras navegam num oceano azul - de águas novas, até então desconhecidas - onde existem espaços de mercado não explorados a serem desbravados. A idéia básica da criação de oceanos azuis parte do conceito de "inovação de valor", cujo foco é tornar a concorrência irrelevante, oferecendo valor diferenciado aos clientes e à empresa. O livro apresenta o modelo de criação de oceanos azuis, a partir da análise de quatro ações: eliminar-reduzir-elevar-criar atributos para o estabelecimento da nova curva de valor, e discute os princípios norteadores da formulação e da execução da estratégia do oceano azul. Comentário: um insight, de discussão muito oportuna num mundo globalizado (onde as fronteiras de proteção dos mercados vão se evaporando), sobre como desenvolver estratégias de modo a estabelecer um alto nível de desempenho para o negócio da empresa sem precisar "enfrentar" concorrência. Além de apresentar uma sistemática para a criação de oceanos azuis, o livro traz exemplos de empresas que criaram esses oceanos. Algumas afirmações sobre os casos apresentados podem ser questionadas, há um evidente contraponto ao modelo da análise estratégica competitiva (proposto por Michael Porter), mas nada disso invalida as ideias do livro.
Qualidade e Produtividade Gerenciamento da Rotina Do trabalho do dia-a-dia Vicente Falconi Campos Rio de Janeiro: Bloch, 1992 Segundo o autor, "Sua META é ser o melhor do mundo naquilo que você faz. Não existem alternativas." Com essa premissa em mente, detalha o processo do gerenciamento da rotina, focando o controle e a melhoria da qualidade a partir da gestão das atividades do dia-a-dia. O autor ensina que existem três tipos básicos de ação gerencial: planejamento, manutenção e melhoria da Qualidade, e que seu exercício passa pela adoção do ciclo PDCA (Plan - Do - Check - Action) de controle de processos. A partir disso, afirma que "gerenciar é essencialmente atingir METAS" e que a "PADRONIZAÇÃO É O CERNE DO GERENCIAMENTO". Recheado de figuras e com texto itemizado, o livro mostra passo-a-passo como utilizar as ferramentas e métodos da qualidade de modo sistemático por meio da aplicação do ciclo PDCA aos processos rotineiros. Comentário: leitura imprescindível a todos que necessitam desenvolver uma visão sistêmica do gerenciamento de atividades rotineiras, com a apreensão de boas práticas de gestão e de ferramentas e métodos para a manutenção de resultados já conquistados e a melhoria sistemática dos processos para obtenção de resultados superiores.
Sinais Vitais Usando medidas de desempenho da qualidade, tempo e custos... Steven M. Hronec São Paulo: Makron Books, 1994 O texto aborda a sistematização no uso de medidas de desempenho, tratadas como os sinais vitais da organização. O autor afirma que "as empresas não medem as coisas certas da maneira correta". A partir do conceito de que as medidas de desempenho são a quantificação de quão bem as atividades de um processo, ou seu resultado, atingem uma meta especificada, é apresentado um modelo para a identificação e uso de medidas de desempenho adequadas, que induzam a estratégia por toda a organização, para todas as pessoas, passando pelos processos. O modelo trabalha com três famílias de medidas de desempenho: custo, qualidade e tempo, e com três níveis de mobilização das medidas de desempenho: organização, processos e pessoas. O objetivo é atingir um "desempenho quantum", o nível de realização que otimiza o serviço (uma relação entre as dimensões de desempenho qualidade e tempo) e o valor entregue ao cliente (uma relação entre as dimensões de desempenho custo e a qualidade). Comentário: com linguagem simples e objetiva o livro aborda um dos pontos críticos da gestão das empresas, como estabelecer e utilizar de forma sistemática medidas de desempenho, único meio para a identificação de pontos de melhoria (a mudança necessária) e para a manutenção das melhorias implementadas.
Liderança e Comportamento O Estilo Brasileiro de Administrar Betânia Tanure de Barros & Marco Aurélio Spyer Prates São Paulo: Atlas, 1996 Um estudo da natureza humana na administração de negócios. Os autores informam que as organizações, além de serem percebidas como unidades econômicas devem, também, ser encaradas como unidades socioculturais que expressam em suas relações valores, estruturas e processos da cultura e das sociedades nas quais estão inseridas. Inicialmente é desenvolvido um estudo dos traços culturais do brasileiro para, em seguida, serem analisadas suas influências na forma (estilo) de conduzir (administrar) os diversos processos de um negócio: formulação de estratégias, tomada de decisão, liderança, coesão organizacional, inovação e mudança, e motivação. Comentário: é um texto que exige estudo, não apenas leitura, para uma melhor compreensão. É particularmente interessante para aqueles que se dedicam à analise da cultura das organizações, sua formação e seu impacto nos resultados do negócio.
O Lapidador de Diamantes Estratégias de Buddha para gerenciar seus negócios e sua vida Gueshe Michael Roch São Paulo: Gaia, 2002 Uma descrição da sabedoria Budista aplicada aos negócios. O autor, um monge Budista, formado em relações exteriores pela Universidade de Princeton, usa sua experiência com a adoção dessa sabedoria nas relações de negócio para ensinar como aplicar os princípios e práticas à obtenção do sucesso desejado. Essa experiência, a de executivo de uma das maiores empresas mundiais do comércio de diamantes, foi induzida por seu mestre budista como forma de "testar os ensinamentos da sabedoria Budista" na vida prática. O livro está estrutura sobre os três os princípios tirados dessa sabedoria: (1) o negócio deve ser bem-sucedido, deve fazer dinheiro, (2) devemos aproveitar o dinheiro e (3) devemos ser capazes de olhar para trás e saber que valeu a pena. Comentário: o autor apresenta os princípios e práticas da filosofia Budista e sua aplicação ao mundo dos negócios com exemplos concretos. Para usufruir do conhecimento apresentado, antes de mais nada, é necessário ter a mente aberta para ver as coisas, suas causas e efeitos, de forma a entender que nada acontece por acaso. O texto explora o conceito Budista da "vacuidade" segundo o qual existe um potencial oculto em todas as coisas, e que este irá se revelar a partir das "marcas mentais" plantadas em nossas mentes por nossos próprios pensamentos, palavras e ações dirigidos aos outros.
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